Aquilo que nunca (te) direi

É horrível estar inundada em emoções às quais não consigo dar nome, às quais me invadem e consequentemente consomem por completo. Gostava de por um simples minuto, conseguir tirar de dentro de mim toda esta angústia e toda esta ansiedade que se entrelaçaram no meu caminho. Gostava de ter a plena noção que nada mudou ou irá mudar, queria que a infelicidade dos outros não me afectasse, queria que os meus problemas voassem com o vento para um lugar bem longe daqui. Já nem sei se chame a isto problemas, pois comparado com outras coisas, isto é insignificante, mas que para mim se torna grande, ao ponto de ser capaz de me derrubar.

Queria paz em mim e nos meus, queria que as lágrimas que deito por ele, por ela e por mais uns quantos se travassem nos meus olhos e não saíssem cá para fora, gostava de voltar a ter aquilo que um dia foi meu e que tinha certezas que jamais o iria perder. Gostava, queria, desejava que nunca nada me magoasse, que tudo aquilo que mais amo fosse sempre meu, sem precisar de lutar para ter ou cair para aprender. Por momentos, gostava de não sentir mais nada para além daquilo que me faz sentir bem.