06 dezembro 2011

Seis e seis.



Em tempos, éramos dois, e entre nós existiam apenas dois dados, dados esses que decidiam o nosso futuro. Dados esses que estavam dispostos a serem agarrados pelas nossas mãos e a serem lançados na esperança de nos levar a algum lado. Lançámo-los uma vez, e eles mostraram-nos aquilo que não queríamos ver, tentámos, é verdade, mas foi esforço em vão, caiu tudo e apesar de tudo ter magoado, não deixou permanecer a sua mágoa. Sabes, sempre que vamos viajar nada nos garante que a viagem irá correr bem, que voltamos para casa em segurança e que só trazemos recordações boas. Sabes, se eu não tivesse tentado correr, não caia é verdade, mas também não aprendia esta grande lição, e é por isto que não me arrependo nem me desiludo de cada passo que demos até hoje.
Hoje estou grata pelos dados à primeira vez não me terem mostrado aquilo que eu queria ver, grata por não ter tido medo de nadar mesmo sabendo que me podia afogar.
Estou grata por te ter deixado voltar a lançar os dados e por mergulhar nesta aventura novamente. Mas, desta vez sei que é diferente, e porquê? Porque, desta vez, o resultado dos dados foi seis e seis, e quando assim o é, para nós, o resto do mundo deixa de existir, e conseguimos ser felizes.

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