10 maio 2014

Descobri que o "amo-te" que um dia tanto escrevi, desapareceu.
Mataste-o e fizeste-me garantir que jamais o voltaria a pronunciar.
Dizes crescer, e deixas-te que todos os "amo-te" que um dia dissemos desaparecesse com a imaturidade que em tempos tivemos.
Pois achas que não precisamos dele.
Que conseguimos ter todas as certezas sem ser necessário pronunciá-lo.
- E fizeste bem em tê-lo aniquilado - só não percebes que desta maneira me matas a mim também.
E é isso que custa. Que fere. Que dói.
Que transtorna as noites em que te amo e me faz querer que seja dia eternamente.
É isso que não é teu. Que roubas-te a um desconhecido que por ti passou e passas-te a viver essa vida que não te pertence.
É isso que desapareceu.
Um tu apaixonante, que me fazia ter todas aquelas certezas eternas.
Mas que assim seja.
Irei ficar aqui sentada - por enquanto - a ver a vida a passar até decidir aquilo que quero fazer das nossas próximas noites. Ate chegar à conclusão do que poderemos fazer para eu querer essas noites para te amar eternamente e continuar a amar-te durante o dia.
Enquanto isso, deixo que continues o teu caminho - como tens vindo a fazer, pois não quero alterar a tua essência - mas não deixo que te habitues a viver sozinho.
Nunca te esqueças que continuo aqui.
Que jamais algo poderá destruir este grande sonho.
Não te esqueças que pertencemos um ao outro e que o nosso amor foi o melhor que criámos no mundo.
Não te esqueças que prometemos amar-nos, dia e noite, cuidar um do outro e superar tudo até ao fim das nossas vidas.
E mesmo que me tenhas proibido, continuarei a dizer "amo-te" vezes sem conta - mas em segredo, e durante o silêncio das nossas noites.
E amo-te. Não te esqueças.

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