Pensamos como se soubéssemos pensar. Pensamos como se fossem os nossos pensamentos a transformar aquilo que acontece à nossa volta. Pensamos sem nunca ter pensado em nada e damos por nós a deixar de pensar e a viver as melhores coisas das nossas vidas.
Percebemos que não somos nada se não pensarmos, e chateamo-nos connosco mesmos por pensarmos demais. E mesmo que não queiramos, continuamos a pensar. Porque é inevitável, e porque há coisas que não conseguimos sentir nem transmitir sem pensar. Porque até para escrever isto é necessário pensar. E voltar a pensar. E chateio-me por isso, por saber que não se pode pensar tanto, mas ter de chegar a esta conclusão a pensar (…)
Há quem tenha pensamentos momentâneos e que os use apenas por algumas vezes para encontrar respostas. E depois, há também quem pense todos os instantes das suas vidas para encontrarem garantias e razões para as certezas daquilo que os invadem. Porque pensar é a nossa única garantia. É a única coisa que é só nossa. Mas como um alguém disse "pensa em nada". E talvez seja isso que se deva fazer:
Pensar, mas pensar em nada.
Pensar, mas pensar em nada.
Sem comentários:
Enviar um comentário