Deixar-te-ia partir se isso fosse o que o coração dissesse à minha razão. Mas por infelicidade - ou felicidade - dizem-me coisas diferentes, e o que até hoje me movia pela razão, desapareceu sem deixar rasto e hoje sou só eu e a emoção do sentido e do vivido no passado. Ficámos os dois, isolados do tempo a reviver as consequências daquilo que nunca conseguimos viver juntos. Eu e o meu coração, a ouvir as razões que a própria razão nunca conhecera. A conhecer algo que nunca quis conhecer antes. A emoção diz-me para te prender e continuar a lutar esta batalha por ti, por nós e por aqueles que sempre apostaram naquilo que um dia nos uniu. Sei que não quero mais que isto, como nunca o quis. Sei que não te posso dar aquilo que um dia desejas-te ter nem consigo apertar este laço contigo. Sei apenas que preciso que estejas longe, mas preciso de te sentir perto, para assegurar que o passado nunca me abandonará num próximo futuro.
Custou, mas finalmente percebi isto. Finalmente senti medo de perder esta ligação.
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