Perdi-me entre as certezas que trouxe comigo do passado. Apoderei-me de ilusões e hoje vivo da mudança e da incerteza do rumo que as nossas vidas possam tomar. Já nada mais sei que dizer, já não tenho nada a fazer senão aceitar o que eu mesma construí. Já nem sequer mais força tenho para chorar. As lágrimas não morrem, mas também não encontram sustento à sua sobrevivência. O meu corpo está inundado pela dor que seres inexistentes trouxeram e ao mesmo tempo está vazio da segurança que um dia outros tantos seres conhecidos me puderam trazer. A alma vagueia pelo incerto, e todos os meu sonhos a cada noite, transformara-me em insónias que me consomem a cada suspiro deste embalar. Perdi a noção do tempo, a força do meu corpo e o brilhar da minha mente, e agora? Agora, apenas me resta voltar a deitar-me nesta cama fria - deste quarto já sem luz - e rezar para que consiga adormecer e mais nenhuma lágrima decida escorrer por este rosto cansado. Porque sei que se mais alguma decidir cair, que de certo, milhares cairão com ela eternamente.
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