25 maio 2014

Já nem o sono me agrada.
Já nem a dormir sou feliz.
Em tempos refugiava-me nele – pois era o único momento do dia em que não pensava. Mas já nada é assim. Tudo vai mudando, e foda-se para isso. Foda-se para as más mudanças e más aventuras em que me meto.
Foda-se para a imaginação, criatividade e para o sonho.
Dormir não deveria ser um momento em que a mente descansa? - Pelo menos é o que me diz o dicionário. - E juro que não percebo a razão pela qual não me deixam a dormir em paz.
Só eu, a pacatez da noite, da tarde ou do dia e a simplicidade e literalidade da palavra dormir.
Às tantas neste momento até estou para aqui a dormir e a inventar histórias que não passam de sonhos. Aliás estou sempre nisto, portanto devo estar sempre a dormir.
Acordo sobressaltada, e vivo sem nunca ter dormido, e durmo estando sempre a viver. Nunca paro – e garanto que me odeio por isso.
Significa que já não tenho qualquer refúgio. O único que eu encontrava e usava todos os dias, descobri que estava disfarçado de mau sonho e me fez viver iludida durante tanto tempo.

Obrigada aos sonhos por destruírem a minha felicidade enquanto durmo, e obrigada mente de merda – desculpa, mas não tens outro nome – por me impedires de viver enquanto estou acordada e não permitires crescer enquanto durmo.

Sem comentários:

Enviar um comentário