09 junho 2014

Hoje - irritada com a incapacidade de consolar os que não mereceriam precisar de consolo - desejo ser o único sofrimento daqueles que me rodeiam. Hoje e sempre. Quero ser eu a magoá-los, e a deitá-los abaixo. Quero ser eu o motivo de cada lágrima e a razão dos sorrisos inexistentes. Pois enquanto assim for, posso ser eu a controlar esse sofrimento, posso calcular essa dor, posso conhecer a sua essência e posso geri-la até a conseguir extinguir. Porque enquanto for eu a causar o choro, também  poderei ser eu o motivo do seu desaparecimento.
Neste caso, como não sou eu o motivo do teu sofrimento, desculpa se não te consigo dar o consolo necessário. Ainda assim, permaneço aqui, a chorar contigo.

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