31 agosto 2014

Inspiração exterior, criatividade já existente, permanência de um amor e a revolta de te saber escrever.

Hoje escrevo para ti - como se fosse preciso dizer que és tu o remetente de mais um texto de amor.
Acho que escrevo para matar a saudade que tenho da tua cama, dos teus beijos e da tua capacidade fantástica de me leres cada olhar, mesmo enquanto durmo nos teus lençóis. Ou então escrevo para conseguir extrair algum do amor que me aperta. Mas foda-se para estas palavras todas. Acreditas que nenhuma delas é capaz de me fazer esquecer-te nem que seja por um segundo?

Hoje escrevo para ti. Veio-me a inspiração de um livro que comprei. Servia de declaração de amor dizer que o comprei apenas porque o autor tem o mesmo nome que tu?
Se achas românico então foi por isso que o comprei, se não achas, que se fodam os romantismos e as verdades mal ditas. Vem mas é ter comigo e trás-me outro gelado que apetece-me fazer de ti as linhas deste texto embrulhadas no mais doce gelado de baunilha.

Depois disso pode ser que deixe de escrever para ti. E que nunca mais voltes a sentir o calor do meu corpo. Já te disse que irei morrer no dia em que deixar de escrever para ti?

Acabei de chegar, trago um pouco de saudade, mas preciso de mais. Só esta saudade não chega para te amar. Posso ir até ao teu quarto, olhar-te até ao êxtase do prazer e roubar-te mais um pouco de saudade?
Olha foda-se também para isto que nem saudades posso ter tuas.
E foda-se tudo o resto, que me proíbam do que quiserem e do que não puderem proibir que eu quebro as regras todas por ti.
Vou ter saudades tuas e amar-te para sempre. Tentem lá proibir-me disto.


Vou escrever para ti até ao dia em que me proibirem de escrever. Depois volto a quebrar as regras todas só para te continuar a amar.


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