26 fevereiro 2015

I

O café de ti

Dava tudo para poder acordar todos os dias com este copo de café a meu lado. Poder dizer-te “bom dia” enquanto o calor do copo me aquece as mãos e o sabor a leite quente embala o meu dia. És como este copo de café sabias?! E acho que não há maior declaração de amor que dizer-te isto. És o café mais quente que adoça a amargura do meu paladar. E agora exagerei, desculpa o romantismo exagerado. Mas fodasse. Sabes à quanto tempo é que não bebia deste café?
Já quase que nem me lembrava do sabor dele – como se isso alguma vez fosse possível.  – Tem concentrado nele todo o amor de uma vida, e toda a magia que há em espremer pequenos grãos de café. Já pensaste em toda a beleza que poderá existir num grão de café? Até pode nem ser muita – confesso – mas que é bela a maneira como aquele grão se transforma na bebida mais especial do mundo, é! Tal como tu, mas nem me vou dar ao trabalho de explicar que tipo de comparação é esta feita de todos os recursos estilísticos que alguma vez aprendi na escola.


Deves perguntar tu, o que é que o teu ser tem a ver com este café, acertei? Respondo-te eu que não faço qualquer ideia. Ou até faço, porém nunca to direi, mesmo que o peças. Mas que és o melhor café do mundo, lá isso és.

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