27 outubro 2015

Permaneço quieta na pausa que tanto insististe para termos. O cansaço da nossa rotina apodera-se sempre do tempo em que gosto de te amar. Achas que poderá ser possível sentarmo-nos à janela e permanecermos lá horas a fio a ver quem desiste primeiro?! O tempo não pára, o relógio cansa-me com tanta correria, vejo todas as vidas a acontecerem lá fora, vejo todo o amor a ser espalhado e todo o frio da rua a aquecer o coração das pessoas. Mas o nosso tempo congelou. E congela sempre que aquele monstro aparece nas nossas vidas. Como assim deixas que isto aconteça? Como assim ainda não aprendi a viver com ele? É triste conseguir ser tudo o que quero e falhar sempre na hora "H". Fodasse para mim. É incrível como a tua paciência me deixa errar vezes sem conta e voltar a cair insistentemente nos mesmos erros. E é ainda mais incrível como a tua paciência se tornou na chave mais importante dos nossos dias. Agora assume tu o controlo e define tu o tempo da nossa pausa. Podemos ficar aqui sentados a ver a rua lá em baixo, até que tu pares o relógio para o nosso tempo continuar a contar. Verás que aí toda a paixão de uma vida voltará. Talvez só até ao dia em que o monstro volte a aparecer. Mas se isso voltar a acontecer, voltaremos à nossa pausa até que os dias deixem de contar o tempo.

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